Assim sendo, a Sensualidade pode ter morrido já há algum tempo.
Antes, ser sensual era o poder de atração com um sorriso, um olhar, aquele brilho nos olhos que aquecia até o coração mais gelado, aquela linguagem corporal que atraia sem ser vulgar ou exposta. Ela é uma coisa misteriosa, envolvente, fazendo com que sem que se mostre algo, desperta no outro a curiosidade.
Ser elegante também pode ser sensual, e não é usar roupas caras, de marca, não, ser elegante é se fazer notar por estar bonita.
A sensualidade é uma qualidade natural dos seres humanos, e como toda a qualidade, varia de um para outro, podendo ser aprendida, adquirida e melhorada. Voce não precisa ser necessariamente belo(a) para ser sensual. Ela vai estar no modo como você se comporta, se veste, olha, fala…
Em todos os tempos ela foi utilizada, de maneira consciente ou não, como uma arma, um recurso para conseguir realizar seus desejos. O que complica tudo hoje em dia é o conjunto da facilidade e rapidez com que as pessoas observam os resultados da aplicação dessa “arma” somado à falta de ética que impera nos meios de comunicação.
A sensualidade passou a ser um estereotipo criado e dirigido para conseguir modificar o senso comum do que é correto ou não. Quando você a utiliza para “impor” sua vontade em alternativa a ‘convencer’, ‘ganhar’ o outro, ela deixa de ser a qualidade tão admirada e passa a ser mais do mesmo erotismo barato.
Hoje ser sensual é usar quase ou nenhuma roupa, uma exposição extrema, sexualidade exacerbada em todos os meios e a desatenção de muitos quanto ao destino disto, pois o ‘ter para ser’, o ‘aparecer para ser’, literalmente, tomou conta de nossa sociedade em todos os níveis.
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