Para que possamos entender melhor alguns conceitos do que é certo ou errado, do normal ou exagerado, perigoso ou não, antigo ou moderno, vamos nos utilizar de dois exemplos: o álcool e as drogas.
Com os novos estudos sobre a influência do álcool no nosso corpo, nos foi dito que muito antes de nos sentirmos bêbado, já perdemos um pouco dos nossos reflexos, o que foi um balde de água fria naqueles que bebiam um, dois ou três copos de cerveja e ainda afirmavam que estavam bem e podiam dirigir o carro.
Hoje, já será considerado que está em estado alcoólico aquele que apresentar mais de 0,04 mg de álcool por litro de ar alveolar (assoprado no etilômetro, vulgo bafômetro), além de não ser mais tolerada nenhuma quantidade de álcool no sangue (porém até 0,04 mg/l é considerado margem de erro do teste). Assim, talvez mesmo um copo já seja o suficiente para que se alcance essa cota. Tudo isso para que não haja lentidão nos reflexos, na percepção dos fatos, evitando causar algum acidente ou mesmo não ter reflexo suficiente para impedi-lo. Os estudos comprovaram e já não se discute mais o tema.
Outra comparação que poderíamos tentar fazer, com relação ao que é prejudicial ou não, é com relação às drogas, pois estamos sempre nessa discussão sobre a sua liberação ou não, e para isso, vamos buscar uma ajuda nos ‘relatos filosóficos do cotidiano’, ou seja, no fato de que ‘na escola onde estuda filho de traficante, não se vende drogas’.
Qualquer discussão a partir daqui, sinto muito, mas somente deveremos considerar se estiver embasada em estudos científicos de vários anos, feitos por pessoas íntegras, dentro de instituições renomadas e seguindo procedimentos já comprovados. Opiniões de drogados não deverão ser consideradas devido a que seus autores são ‘um pouco’ suspeitos. Por outro lado, palestras ou conversas, com pais e mães de drogados ou ex-drogados são muito bem-vindas, e na maioria das vezes, muito tristes.
Esses são apenas alguns exemplos com os quais sempre nos deparamos, mas que de tempos em tempos tentamos modificar algo em nome da evolução e da liberdade. Por isso, também com o erotismo se deve ter cuidado.
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