Vamos uma vez mais fazer uso de um texto estrangeiro, mas que você poderá utilizá-lo para o Brasil, tranquilamente.
“Em quase toda a Comunidade Europeia, os piores casos de corrupção estão ligados ao debate sobre o financiamento dos partidos. Isto foi a causa de recentes escândalos, não só na Itália, França e Espanha, inclusive no Reino Unido, onde predomina ainda certo orgulho sobre a honradez dos políticos. As doações que recebeu o partido conservador por parte de um empresário que de herói no mundo dos negócios passou a fugitivo da justiça na ilha de Chipre, provocaram na metade de 1993 um intenso debate sobre as finanças do partido conservador. Devem ser públicos os nomes de quem financiam os Partidos? Podem aceitar doações estrangeiras? São as doações, por acaso, formas de pagamento antecipado para futuros favores? Deve o Estado financiar os Partidos?”
Considerando que o texto acima foi escrito em 1994, portanto há 23 anos, e hoje, em todos os lugares, o tema da corrupção está cada vez mais vivo, podemos dizer que não encontramos solução fácil para o tema de financiamento dos partidos.
Uma mudança de regime ou um novo processo constituinte são sempre citados para resolver este problema. Japão, Alemanha, Canadá, Estados Unidos e Inglaterra são alguns dos países que também o têm, logicamente com diferentes graus de intensidade e que estão vinculados a um grande detalhe, o custo das eleições. E se você está atento aos últimos escândalos, terá escutado ou lido que uma parcela do dinheiro foi para o Partido.
“Como demonstrou o professor K. D. Ewig em seu estudo sobre a legislação eleitoral canadense, ‘Dinheiro, política e lei’ (‘Money, politics and law’), o controle sobre as finanças dos partidos e os gastos nas campanhas eleitorais cumpre uma significativa função democrática.” (3A14). Como você pode observar, isto é importante em todas as partes.