Pode ser que a última frase do texto acima seja o mais importante de tudo referido ao perdão, algo assim como o último degrau de uma escada iniciada faz tempo. Durante muitos anos o corrupto se está aproveitando de todos, consumindo muito mais do que a ele correspondia.
Quem perdoa de coração está em paz consigo mesmo, e se é uma pessoa religiosa talvez pense que não é o homem quem deve julgar. Embora para o corrupto, quem perdoa não será mais que um idiota, a quem enganou uma vez mais, acreditando-se mais inteligente e mais experto.
Já que utilizamos a palavra inteligente, é oportuno citar as sábias palavras de Adela Cortina: “A inteligência, entendida como a capacidade de instrumentar as coisas como meio para os próprios fins, tem um limite, o das pessoas, que não devem ser tratadas como instrumentos, senão respeitadas como iguais”.