Vamos primeiramente examinar o tema social. Dá-se aos integrantes do Poder Judiciário a vantagem de uma aposentadoria integral, passando-a também aos que pertencem às Forças de Segurança, funcionários dos bancos e empresas estatais, docentes da rede de ensino federal, estadual e municipal, integrantes dos Poderes Legislativos e Executivos. Com esse quadro, passamos a ter uma parte considerável da população já se beneficiando dessa vantagem, que embora não seja a maioria, possui cargos importantes e com grande destaque na sociedade.
E o trabalhador? Como fica aquele que realmente traz divisas ao país? Esquecido! Seus sindicatos, por uma profunda falta de visão da sociedade como um todo, não lutam para que todos tenham os mesmos direitos. Por quê? Não encontro resposta! Talvez porque seus dirigentes tenham conseguido outros benefícios, talvez porque tenham outros interesses, talvez porque…
O resultado disso é um povo desunido, um povo que não estuda a questão o suficiente para ver o real prejuízo, com associações de classe cada uma lutando para o que é somente seu. Tudo isso culmina em uma maior desigualdade social, numa maior diferença entre as castas quanto mais idoso o trabalhador se torna, tendo seu apogeu numa idade onde não há como lutar e tentar recuperar algo. Aqueles que possuem os privilégios podem entrar numa terceira idade sem sentirem grandes mudanças, muito diferente daqueles que ainda se vêm obrigados a trabalhar por receberem tão pouca pensão.
Assim a desigualdade aumenta, a empatia entre uns e outros diminui, o calor humano se vai e o idoso fica ‘ao deus-dará.’
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