- Como primeira observação a esse tópico, gostaríamos de salientar que quem faz mestrado e doutorado, ou para ingressar na indústria ou para ter boa qualificação para ministrar aulas em universidades, poderá ter o início de sua contribuição ao INSS retardada, pois o término dessas qualificações se dá entre os 25 e 28 anos. Elas podem ser efetuadas através de bolsas de estudo ou com a redução nas horas trabalhadas, anulando ou diminuindo a contribuição ao INSS nesse período. Consequentemente o número 105 ficará mais difícil de alcançar.
- Como segundo ponto a citar, é importante termos em conta que essa crise que estamos vivendo já afetará aqueles que irão se aposentar a partir de 2028, fazendo com que dificilmente recebam 100% do teto. Vamos considerar uma crise hipotética, mas não muito, e fazer umas contas para estimarmos o que deverá ser feito para que a pensão, de 100% do teto, não seja prejudicada. Imaginemos que por causa da crise, um trabalhador perca seu emprego aos 55 anos, voltando a trabalhar aos 57 anos, ganhando somente 60% do que recebia antes da crise, assim indo até a data de sua aposentadoria. Se consideramos que, para que ele receba uma pensão como se não tivesse havido a crise, o dinheiro na conta do INSS deverá ser o mesmo, poderemos dizer que o trabalhador terá que trabalhar até os 73,7 15. Será isso mesmo?
- Agora uma pergunta: o que pensar se essa crise for exclusivamente interna, causada por má administração pública, exercida por aqueles que não tiveram qualquer variação no seu salário e que além disso, possuem uma pensão integral? Lamento, mas isso é o que normalmente ocorre!
- Para que a desigualdade social diminua, o salário mínimo (SM) deverá ter um ganho real ao longo dos anos e se formos seguir o DIEESE 16, hoje, o SM deveria estar em 5,6 mil reais. Exagerado pode estar, mas o mais provável é que deveria estar entre os 1,1 mil reais de hoje e os 5,6 mil do DIEESE. Assim sendo, provavelmente veremos diminuir a diferença entre o teto e o SM.
- Considerando que hoje, poucos aposentados que contribuíram sobre o que seria os 9 SM, recebem o equivalente aos mesmos, muitos somente a metade, gostaríamos de entender a razão pela qual novas regras, existentes de tempos em tempos, afetam somente parte da população, justamente dessa parte que ganha menos.
- Há aposentados ganhando mais que o Presidente da República? A Constituição permite isso? Se sim, penso que ela é falha e deve ser corrigida, já!
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Para conhecer o que o pequeno número, colocado no lado superior direito, de algumas palavras ou números, significa (2341 12), clique aqui → Explicações
“Há aposentados ganhando mais que o Presidente da República.” e funcionários da ativa também….
Isso é outro absurdo permitido na Constituição.